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8 coisas que você precisa saber antes da sua visita ao Coliseu de Roma

Que obras há na Galeria Uffizi? Estas são as que você não pode perder

Se você é apaixonado por arte, temos certeza de que já sabe o que procura. Se, pelo contrário, quer descobrir mais sobre esse universo e ver quais obras da Galeria Uffizi são as mais importantes, chegou ao lugar certo. Contamos a seguir quais são as peças que você não pode perder em uma das pinacotecas mais importantes do mundo—há verdadeiros tesouros!

As obras mais importantes da Galeria Uffizi

Antes de entrar no assunto, a Galeria possui várias salas expositivas, organizadas cronologicamente, com obras que vão do século XIII ao XVIII. No entanto, o período mais representativo do museu é o Renascimento italiano, mas encontramos também obras da Idade Média, do Gótico, do Maneirismo e do Barroco. Agora, sem mais demora, apresentamos as mais importantes.

O Nascimento de Vénus, Sandro Botticelli

Sem dúvida, uma das obras mais importantes da Galeria Uffizi—e do mundo. Realizada entre 1484 e 1486, representa Vénus emergindo do mar sobre uma concha, impulsionada pelos ventos de Zéfiro e aguardando ser coberta por uma das Horas (Horae). A pintura é uma declaração dos ideais do Renascimento: proporção, harmonia e revalorização da mitologia clássica. Foi revolucionária não apenas por apresentar um tema mitológico, mas também por exibir um nu fora de um contexto religioso.

A Primavera, Sandro Botticelli

Outro marco de Botticelli, esta pintura transborda simbolismo. Vemos Vénus como figura central, rodeada por personagens mitológicos como as Três Graças e Zéfiro, também presente em O Nascimento de Vénus. É uma celebração da natureza, do amor e do renascer.

A Anunciação, Leonardo da Vinci

Entre as obras da Galeria Uffizi há também esta do génio, considerada um dos seus primeiros encargos. A Anunciação mostra o Arcanjo Gabriel e a Virgem Maria no momento do anúncio. Destaca-se por ser uma cena ao ar livre—quando normalmente era em interiores—pelos detalhes minuciosos e pelo uso da perspectiva, uma prova precoce do génio de Da Vinci.

A Madona do Pintassilgo, Rafael

Este quadro, realizado por Rafael na sua juventude, mostra a Virgem Maria com o Menino Jesus e São João Batista. A harmonia da composição e a ternura das figuras revelam por que Rafael é considerado um dos grandes do Alto Renascimento.

Não podemos deixar de mencionar uma curiosidade desta obra. Foi um presente de casamento de Rafael para Lorenzo Nasi e, em 1548, um terramoto destruiu a casa de Nasi e a obra ficou fragmentada em dezassete partes. Segundo relata Giorgio Vasari (o arquiteto da Galeria Uffizi), os restos foram recuperados e entregues a Battista, filho de Lorenzo, para restauração. Os danos ainda são visíveis hoje!

Tondo Doni, Miguel Ângelo

Esta é uma das obras mais importantes da Uffizi, pois é a única pintura de cavalete de Miguel Ângelo que chegou até nós. Trata-se de uma obra circular que representa a Sagrada Família, com um fundo repleto de nus que recordam os frescos da Capela Sistina. O dinamismo das figuras e o uso da cor são impactantes; a moldura da obra também foi criada pelo próprio Miguel Ângelo.

Medusa, Caravaggio

Caravaggio, o génio do claro-escuro, traz à coleção o seu toque dramático com esta pintura sobre um escudo. A cabeça decapitada de Medusa, com olhos vivos e a boca aberta num grito, representa o momento exato do horror. A técnica do claro-escuro brilha em todo o seu esplendor e arrepia à primeira vista.

Díptico do Duque de Urbino, de Piero della Francesca

A obra destaca-se tanto pela técnica como pela profundidade conceptual. Este díptico mostra Federico da Montefeltro e Battista Sforza em retratos de perfil, como figuras de uma moeda romana. A escolha do perfil não é casual: Federico perdeu o olho direito em combate, por isso era sempre representado pelo lado esquerdo.

Vénus de Urbino, de Ticiano

Ticiano apresenta uma mulher nua, reclinada com naturalidade, que olha diretamente para o espetador. O seu gesto não é de pudor nem de passividade: ela tem consciência da própria beleza e do poder do seu olhar. Esta Vénus não é mitológica como a de Botticelli; é uma mulher real na sua própria casa—uma declaração da feminilidade como ideal estético, para além da mitologia.

Adoração dos Reis Magos, de Gentile da Fabriano

Este retábulo, carregado de ouro e de detalhes minuciosos, é um dos exemplos mais deslumbrantes do Gótico internacional. Pintada em 1423, a Adoração dos Reis Magos impressiona tanto pela complexidade narrativa como pelo esplendor. Gentile não se limita a mostrar a chegada dos Magos: ele narra toda a viagem, integrando cenas num único espaço contínuo. 

Judite decapitando Holofernes, de Artemisia Gentileschi

Poucas obras na Uffizi despertam uma reação tão visceral. Artemisia Gentileschi, uma das poucas mulheres pintoras reconhecidas no seu tempo, imprime a esta cena uma força incomum. Judite, junto com a sua criada, imobiliza e decapita o general assírio Holofernes com uma expressão decidida e feroz. Ao contrário de outras representações do mesmo tema, aqui a violência não é suavizada; pelo contrário, é mostrada com crueza e determinação.

Baco, de Caravaggio

Por fim, não se pode falar das grandes obras da Uffizi sem mencionar Baco, que mostra o deus do vinho numa representação totalmente terrena e bastante provocadora. O jovem aparece coroado de folhas de videira, com as faces coradas—certamente devido ao vinho—e estende o cálice ao observador, como se o convidasse a partilhar os prazeres com ele.

Poderíamos falar durante horas sobre as melhores obras desta pinacoteca, mas acreditamos que o melhor é descobri-las por si mesmo. Com certeza, você não se arrependerá de comprar bilhetes para a Galeria Uffizi e desfrutar destas e de muitas outras obras-primas do seu tempo.